quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Entre livros, espressos e impressões.


Entre livros, espressos e impressões.

Por Toalá Carolina

Curioso. É curioso ouvir relatos de pessoas infelizes.

Ainda me choco com inteligências curtas, com visões limitadas, com a falta de tato.

Ainda me curvo à inteligência livre, com espíritos grandes e sorvetes coloridos.

Honestamente, para mim, é bastante interessante ver como Deus agracia um número inexpressível de pessoas com um grau a mais de entendimento.

Sim, claro que sei que ninguém nasce pronto, nascemos miseráveis, banguelos, carecas, pelados e sem um Visa, nem de débito. Mas, ao longo dessa maluca viagem, aprendemos com erros, acertos e experiências alheias.

Fico absolutamente entediada em rodas de conversas imbecis, que rodeiam apenas os seus cotidianos igualmente imbecis. Já pensei que posso ser uma espécie de alien, um Alf, com minha espacionave quebrada, dormindo na garagem e tentando comer o gato da familia que me acolheu.

E o que aconteceu?

Aconteceu que muito cedo descobri as biografias. As biografias, segundo um comentário do The NY Times, são os contos de fadas modernos, onde ensina-se amar e odiar nossas bruxas.

Mais tarde descobri o café.

Muito muito muto mais tarde descobri o espresso*. Sou maluca pelas versões "Hard" dos sabores.

Fiquei maravilhada quando descobri que há salvação. E depois aprendi a somar as pessoas, livros, café, fotografia, documentários... Não posso e nem tenho o direito de ser infeliz tendo juventude, saúde, uma beleza criada por mim, totalmente artificial, mas que eu, quando bem maquiada e bem vestida, me sinto bastante confortável.

Vejo muitos que têm tudo, e ao mesmo tempo, não têm nada.

Vejo um planeta que deveria substituir seu nome, de Planeta Terra, para "Planeta, teu nome é hipocrisia". Dei-me conta que hipocrisia tem mais que terra e agua salgada.

Fico muito de saco cheio quando rodeada por pessoas medíocres, na maioria abaixo da mediocridade, tenho que dar de ombros, ou de bocas, de caras, simulando concordância ou não com suas bestices intermináveis.

E por ser assim, bolei “truques para aliviar a dor”.

Como?

Lendo. Dando-me conta. Descobrindo. Degustando. Odiando e amando.

Como posso ser infeliz se amanhã meu amor, meus livros e meu café estarão esperando que eu ame, leia e os tome?

Ora, tenho compromisso com a tal felicidade.

E você, o que descobrirá hoje?

*espresso - do italiano caffè espresso, freqüentemente referido como expresso.

4 comentários:

L(Max) disse...

meu amor, texto perfeito!

Anônimo disse...

Você é um "mais" ambulante. E só existe a mediocridade, pq existem os esplêndidos. Sem eles, nada seria de fato percebido.
Todo dia seria segunda e toda a cor, pastel. Vamos nos embriagar com tantas letras, risos, amores e amanhãs, tantas que não caibam mais. Tanta Toalá, que nunca sobra.
Te amo!

Mandraque disse...

quando vamos tomar um espresso??
PS: Ninguém sabe ainda...

L(Max) disse...

Ow Mandraque! Que comentário dúbio...rsrsrsrs
Vem para "Petro" que a gente toma umas!!!
Abraço